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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pesar

Este sábado morreu uma amiga minha aqui em Brasília. Maria Helva Vargas. 66 anos, mãe de dois filhos adultos, avó, professora, escritora, pesquisadora. Uma mulher de fibra, de coragem, alegre, carinhosa. Sentirei falta dela. Para homenageá-la, coloco aqui as palavras de outra grande amiga, Ira Soares, sobre Maria Helena:

Maria Helena Vargas ou HELENA DO SUL
era uma grande amiga, mulher negra de sorriso farto e muita sabedoria.

" Diziam que aquela senhora era do avesso. (...) a estranha criatura
desprezava os olhares de desaprovação das senhoras direitinha, sem
avesso por fora... Recebia, na frente da cara os insultos de gente
ordinária, que pensa que vale mais que os outros, só porque os outros
não deixam seus avessos expostos. Mas a mulher não ligava para os
alheios e seguia... " (Trecho retirado da obra: ROTA EXISTENCIAL -
HELENA DO SUL 2007. SUL, Helena. Brasília, DF: Fundação Cultural
Palmares, 2007, p. 34-35) Assim era a Helena do Sul, "Uma Obá
Contemporânea"; uma guerreira que não cansava a luta e seguia...de
memória lúcida e sanidade total.
Dizia aquela mulher: "Papai é Maior. Ele que sabe quem sou eu". Que o
grande Pai e a Grande mãe a acolha com muito carinho.


Pois é... Os bons morrem cedo... Ou sempre é cedo pra se perder os bons?

Abraços apertados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Acontece algo estranho comigo, só perdi duas pessoas em minha vida. Meus dois avôs e isso aconteceu quando era bem novinha. Ou seja, não sei exatamente o que é sentir a morte, a perda, a falta... Essas coisas. Eu lembro muito do meu avô materno, até porque ele foi quase meu pai. Sinto muita falta do saco de amendoim cozido que ele me trazia todo santo domingo, depois de voltar da pesca (ele era pescador também). Anyway... Eu sei que tou chegando na idade em que se perde as pessoas... Me dá um medo danado isso, a saudade, mas a gente tem que viver, né?

bjus, mocinha!
Tou adorando o blog
;)

Barbara disse...

Obrigada pelo elogio, Marivone!
E a perda eh um caminho dificil, mas nos temos que conviver com isso.
Espero que você não encontre tão cedo com esse sentimento, que é algo que realmente nos faz sentir impotentes...
Beijos