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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Trapalhadas na cozinha

Post longo, longo, longo... Verborragia
E daí que dia 12 foi aniversário do Galalau. E daí que o povo do mestrado, numa fofura e ternura imensas, quis comemorar ontem na aula, mesmo tendo passado uma semana. E daí que eu resolvi me oferecer para fazer um bolo.
Até aí, nada demais. Cozinho bem (não sou modesta mesmo, tá?), gosto de fazer bolo, é pra comer com amigos queridos e para comemorar o aniversário da razão do meu afeto.
Mas nada é tão simples. A começar, que estou de dieta. Ou seja, ingredientes para fazer um bolo são coisas proibidas em casa de gente de dieta, pelo menos na minha. Em segundo lugar, eu não tenho receita de bolo de cor. E cismei que queria bolo de chocolate, com ganache e nozes. Busquei nos meus feeds de culinária e achei este bolo.
Então toca ir ao supermercado comprar chocolate em pó, creme de leite, chocolate em barra, nozes, farinha. Fui ao supermercado, toda lépida e faceira, cheguei em casa, lavei a louça que estava na pia, fiz almoço, almocei, lavei a louça de novo. Nesse momento, descobri não ter inveja nenhuma das pessoas que passam o dia inteiro em casa cozinhando e cuidando da casa. Separei os ingredientes: 2 ovos, ok. Farinha, okÁgua fervente, ok. Chocolate em pó, ok. Açúcar... ok, mas ao separar as duas xícaras necessárias, derrubei açúcar no chão, na pia, no meu pé, no fogão... Na cozinha toda. Pausa para limpar a lambança. Óleo, ok. Fermento químico... Cadê a merda do fermento? Vasculho toda a cozinha e não tem fermento. Pausa pra voltar ao mercado e buscar fermento.
Volto pra casa. Unto e enfarinho a forma. Bato o bolo. A massa fica linda, uma das mais bonitas que já fiz. Coloco a massa na forma redonda (a receita pede retangular, mas não tô em aí), de fundo removível. E aí me lembro: Não pré-aqueci o forno! Acendo o forno, queimo o dedo com o fósforo (está na lista dos projetos de consumo: um fogão com acendedor automático), volto ao bolo na forma, coloco as nozes na massa, me lembro de triturar as tais nozes só depois de ter posto metade dentro do bolo, trituro grosseiramente as nozes. Coloco no bolo. Boto o bolo no forno meio fio pra assar.
Lavo a louça que ficou (de novo, terceira vez no dia), faço a ganache. Que coisa linda é fazer ganache, meu Deus! O creme de leite esquenta, você joga os pedaços de chocolate, eles derretem e fica aquela coisa cremosa, apetitosa, brilhante na panela. É lindo demais. Deixo a ganache na geladeira descansando, faço a calda para o bolo ficar bem molhadinho. Fiz com laranja e ficou muito bom. E enquanto o bolo assava, fui descansar, assistir Friends que estava passando a primeira temporada na Warner.
25 minutos depois do bolo ir ao forno, vou olhar. Nada tinha acontecido. Ele estava lá, plácido, mole,cru, como se o raio do forno estivesse desligado. Paciência. Aumento o forno e vou descansar mais. Descansar de repente ficou muito cansativo. Mais 25 minutos. O tal do bolo está mole no meio. Fecho a porta, falo palavras de carinho para o bolo e vou guardar a louça lavada, descanso. Nisso já são 3h00 da tarde. Ainda bem que a aula é 18h30. Mais 25 minutos, vou olhar o amigo bolo. Enfio o palito. Não sai limpo. Vou olhar o twitter. Mais dez minutos. Finalmente, depois de incríveis 90 minutos, o raio do bolo está assado. Mas não pronto.
Agora é que começa a diversão. Eu parecia os trapalhões e os três patetas juntos, na mesma pessoa. Espero o bolo esfriar, parto o danado ao meio. Mas o problema com meus bolos (a falta de modéstia impera) é que eles ficam muito fofos. E aí pra dividir ao meio e tirar a metade de cima, foi uma maravilha. Cinco tentativas de várias formas. Até que consigo. Molho o bichinho com a calda de laranja. Agora além de trapalhadas, vem sujeirinhas.
Coloco a ganache por dentro. Sujeira. Espalho a ganache. Mais sujeira. Coloco a outra metade em cima. Ela desmonta. Sujeira. Monto os pedacinhos e o bolo fica parecendo o pangea.Tento cobrir. Sujeira. Decido inverter o bolo de lado, botar de ponta cabeça, para a parte mais regular ficar em cima. Sujeira. Dá certo. Começo a cobrir o topo. Sujeira. Cubro as laterais. Sujeira.
Termino de cobrir, acho que ficou irregular e resolvo colocar um açúcar de confeiteiro pra deixar bonitinho. Abro um pacote guardado de 1000 anos atrás, começo a peneirar e descubro um formigueiro dentro do açúcar. Lavo a peneira, jogo o açucar de confeiteiro com as formigas fora, pego o açúcar refinado e faço uma camada de açúcar branco em cima do bolo. Fica lindo (falta de modéstia parte 3). Enfeito com as nozes restantes, coloco o bolo na geladeira, faço mais sujeira no caminho e vou limpar a lambança de ganache.
Nessa parte da brincadeira, descubro que tinha chocolate na minha roupa, na minha cara, no chão, na parede, na pia, na porta da geladeira, nas louças limpas, no fogão. Eu limpo tudo isso e ainda guardo a louça. E o esmalte ficou inteiro nas unhas, vejam só!
Sento para descansar, vou arrumar a roupa pra ir à aula e concluo que no fim das contas, fazer esse bolo foi bom pra dieta, por que eu me mexi, cansei e vou passar uns 3 meses sem querer ver chocolate na minha frente!

3 comentários:

Unknown disse...

Você ainda não viu o que seu irmãozinho apronta pra fazer um feijão... beijos, criatura!

Unknown disse...

Hahaha!!! Pelo menos você limpou tudo! xD

Minha dieta consiste em não tomar leite e cortar o açucar. E funcinou, menina! Perdi 2 números do manequim já! em 3 semanas! Sempre fui meio assim mesmo, de engordar fácil mas emagrecer tb é maravilha! Fora que cortar o leite ainda fez outras melhorias. Descobri que ainda sou meio intolerante à lactose... =/ Só porque amo queijos...

E é isso. mas tu nao falou se ele ficou realmente gostoso! =P

Barbara disse...

Então, o bolo ficou ótimo! Pelo menos foi o que disseram, pois eu não comi! Não vou comer doces neste período. E na verdade, não estou sentindo falta.
passe semprepor aqui, xuxu!